SUSCETIBILIDADE AO COLAPSO DE DOLINAS CÁRSTICAS EM ROCHAS SILICICLÁSTICAS NO MUNICÍPIO DE CHAPADA DO GUIMARÃES (MT, BRASIL)


Autoria

  • Caiubi Emanuel Souza Kuhn
  • Renan Rodrigues Pires
  • Fábio Augusto Gomes Vieira Reis
  • Claudia Vanessa dos Santos Corrêa
Data de publicação  1/7/2021
Idioma  Português
Editor  Revista Brasileira de Geomorfologia
Coleção  Artigos
DOI  http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v22i2.1897

Susceptibility to the collapse of karst dolines in siliciclastic rocks in the municipality of Chapada dos Guimarães (State of Mato Grosso, Brazil)

Este trabalho visa descrever um sistema cárstico em rochas siliciclásticas da Formação Ponta Grossa, no perímetro urbano do município de Chapada dos Guimarães, além de realizar uma análise da suscetibilidade ao colapso na área de estudo. Foi utilizado como método de estudo o processamento de imagens de satélites disponível no Google Earth Pro® no ArcGIS®e descrição e mapeamento das feições em campo. Foram identificados condutos, ressurgências de água e dolinas, sendo que duas delas ocorreram próximas a residências e duas em uma área sem ocupação, com vegetação nativa. As dolinas 1, 2 e 4 possivelmente estão interligadas por dois condutos, que somados possuem a extensão próxima de 400m, sendo que as duas primeiras estão situadas no perímetro de ocupação urbana. Próximo à dolina 1, é possível observar em residências rachaduras formadas pela rotação em bloco do cômodo devido ao recalque causado pela cavidade. As dolinas 1 e 2 colapsaram nos últimos 5 anos e foram preenchidas por aterro pela prefeitura municipal. As dolinas 3 e 4 e as duas ressurgências de água estão situadas em área sem ocupação residencial, e que ainda possui vegetação preservada. O conjunto de processos relacionados ao desenvolvimento das feições foi debatido ao longo do trabalho e relacionado com as ações e medidas previstas na política de Proteção e Defesa Civil. Os resultados sugerem uma relação entre o desenvolvimento do sistema cárstico e a formação do latossolo e demonstram a necessidade de realizar mais estudos para compreender essa evolução. O trabalho propõe um mapa de suscetibilidade ao colapso, considerando a densidade de feições cársticas e o possível trajeto dos condutos que as interligam. Ainda, o ordenamento territorial da área deve considerar a fragilidade do sistema cárstico e suscetibilidade a colapsos.