O objetivo primário desta pesquisa é investigar porque dois parques estaduais relativamente semelhantes (PETAR e PEI) apresentam graus de conservação tão distintos. A hipótese central é que as diferenças podem ser explicadas em função das gestões diferentes, ou seja, o PEI é mais conservado que o PETAR, pois sua gestão é conduzida pela Fundação Florestal com a participação da comunidade local através de uma cooperativa. A análise dos dados e do resultado da pesquisa de campo nos leva a concluir que o PETAR está sofrendo um processo de deterioração de suas cavernas abertas à visitação e de seu entorno fruto do turismo desordenado, configurando assim a incidência da tragédia dos comuns. Já no caso do PEI foi constatada uma visitação mais controlada e limitada e, portanto, um grau de preservação do complexo turístico bastante superior. Conclui-se que o modelo de gestão no qual o PEI é vinculado a Fundação Florestal ajuda a explicar o melhor grau de conservação do parque em relação ao PETAR administrado pelo Instituto Florestal.
Sarfati, G., & Sano, N. nanae. (2012). Estudo Comparado da Gestão das Visitações nos Parques Estaduais Turísticos do Alto da Ribeira (PETAR) e Intervales (PEI). Revista Turismo Em Análise, 23(1), 207-237. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v23i1p207-237