Os pseudoescorpiões são uma das mais diversas ordens de aracnídeos menores, mas há relativamente pouca informação sobre a distribuição desses pequenos animais, especialmente em cavernas neotropicais. Aqui mapeamos a distribuição dos Pseudoescorpiones em cavernas brasileiras com registro de 12 famílias e 22 gêneros, totalizando 313 cavernas de 13 estados. Entre elas, duas famílias (Atemnidae e Geogarypidae) com três gêneros ( Brazilatemnus Muchmore , 1975, Paratemnoides Harvey, 1991 e Geogarypus Chamberlin, 1930) são registradas pela primeira vez em habitat de cavernas, bem como outros sete gêneros até então desconhecidos para as cavernas brasileiras ( Olpiolum Beier, 1931, Pachyolpium Beier 1931, TyrannochthoniusChamberlin, 1929, Lagynochthonius Beier, 1951, Neocheiridium Beier 1932, Ideoblothrus Balzan, 1892 e Heterolophus Tömösváry, 1884), mas esses gêneros são de famílias já registradas neste habitat e têm suas faixas de distribuição expandidas para todos os outros gêneros previamente registrados. Apresentamos esses dados em mapas, considerando as províncias biogeográficas. Para o gênero Spelaeochernes Mahnert, 2001, reavaliamos seu status de Schiner-Racovitza e propomos o status de troglóbio. Finalmente, discutimos os intervalos das famílias / gêneros de pseudoescorpiões para cavernas brasileiras ( material de suplemento1)
Pseudoscorpions are one of the most diverse of the smaller arachnid orders but there is relatively little information about the distribution of these tiny animals, especially in Neotropical caves. Here we map the distribution of the Pseudoscorpiones in Brazilian caves with record of 12 families and 22 genera, total 313 caves from 13 states. Among them, two families (Atemnidae and Geogarypidae) with three genera (Brazilatemnus Muchmore, 1975, Paratemnoides Harvey, 1991 and Geogarypus Chamberlin, 1930) are recorded for the first time in cave habitat as well as other seven genera previously unknown for Brazilian caves (Olpiolum Beier, 1931, Pachyolpium Beier 1931, Tyrannochthonius Chamberlin, 1929, Lagynochthonius Beier, 1951, Neocheiridium Beier 1932, Ideoblothrus Balzan, 1892 and Heterolophus Tömösváry, 1884) but these genera are from families already recorded in this habitat, and have their distributional ranges expanded for all other previously recorded genera. We present these data in maps, considering the biogeographical provinces. For the genus Spelaeochernes Mahnert, 2001, we re-evaluate its Schiner-Racovitza status and propose the troglobite status. Finally, we discuss the ranges of the pseudoscorpion families/genera for Brazilian caves (Suppl. material 1).